sexta-feira, 3 de abril de 2015

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Luís Nassif

"Eu tive três professores inesquecíveis: a dona Nicolina, que foi diretora da minha escola primária e minha primeira professora durante alguns meses. Ela era muito severa comigo porque eu era muito avoado, distraído. Ela chamava a minha atenção, dava uma dura, era um terror para a gente. Eu descobri que ela gostava de mim e fazia aquilo para o meu bem na minha formatura, quando ela fez questão de me dar o diploma e me fez um elogio que quase me fez cair da cadeira. E depois ela acompanhou minha vida de músico adolescente até morrer.

Depois, no ginásio, tive dois professores inesquecíveis. Eu fui um adolescente terrível, minha adolescência foi um horror! Eu tive um professor, o Nazário, nem sei se era grande professor, mas foi um sujeito, um irmão marista que chegou, de repente, para mim e me deu conselhos, muitos conselhos. E eu tive outro professor, de quem nem guardei o nome, em um período — eu tinha 13 anos, 14 anos — em que toda a diretoria do Marista queria me expulsar e estavam aprontando muito feio comigo. Um dia — eu estava no muro, abraçando a coluna da escola — ele chegou para mim, olhou para mim e disse: 'Você tem razão'. Isso eu guardei para o resto da vida."