quarta-feira, 25 de março de 2015

Conclusões sobre a educação no país

         A educação definitivamente não é prioridade em nosso país e isso não é de hoje. Após pesquisas exaustivas sobre o tema apuramos que desde a época do Brasil Império, os problemas  já existiam. O professor apesar de sempre ganhar pouco, e ser responsabilizado pelos males da educação participavam ativamente do processo de difusão da instrução pública ao longo do Império, por isso foram alvo de muitas críticas e, muitas vezes, responsabilizados pelo estado caótico da educação, mas apesar do baixo salário, na época do Império, pelo menos tinham algum prestígio, o que não acontece nos dias de hoje.Apesar de garantir acesso a instrução primária a todos os súditos do imperador a  falta de recursos para fazer funcionar o item 32, do artigo 179 da Constituição,  foi estabelecida uma lei dando ampla liberdade ao estabelecimento de novas instituições de ensino.Isso nos lembra alguma coisa? Na primeira república não foi diferente, apesar de exigir que o cidadão fosse alfabetizado pra gozar do privilégio de votar, nada foi feito de concreto para melhorar o nível de escolarização do brasileiro.Na constituição de 1934 que garantia o direito da educação a todos , percebemos mais uma vez o engodo, pois não havia estrutura nem investimento suficiente pra que isso acontecesse.Na constituição de 1937 por sua vez lemos:
"Art. 130. O ensino primário é obrigatório e gratuito. A gratuidade, porém, não exclui o dever de solidariedade dos menos para com os mais necessitados; assim, por ocasião da matricula, será exigida aos que não alegarem, ou notoriamente não puderem alegar escassez de recursos, uma contribuição módica e mensal para a caixa escolar". Ou seja mais uma vez percebemos o governo tirando o seu corpo fora e assim passamos pelas constituições de 1961, 1971 e chegamos a moderna constituição de 1988 que abriu espaço para a criação da LDBEN de 1996, que universalizou o ensino fundamental, Tornou a educação infantil o primeiro nível da educação básica, aumentou consideravelmente os recursos para a educação básica através do FUNDEB, um fundo criado especificamente para acabar com as disparidades inclusive com relação aos salários dos professores de todas as regiões brasileiras, e a pesar de todos esses avanços, no balanço geral o que percebemos? Que a educação continua mal das pernas. Os recursos não chegam aonde deveriam chegar, há muitos intermediários e o dinheiro vai ficando pelo caminho, mas mesmo assim temos esperança, não seríamos professoras e futuras pedagogas se em nosso coração a esperança de que tudo vai melhorar, e de que seremos os agentes dessa mudança não existisse. Ansiamos pelo dia em que realmente toda a população terá  o direito ao acesso e a permanência nas escolas, pelo dia em que não mais haverá diferença entre o ensino público e privado, onde nossas crianças da periferia terão direito a uma educação de qualidade e não apenas de quantidade, e registramos aqui essa esperança, esse amor pela educação, porque cremos absolutamente que apenas através da educação as transformações necessárias ao nosso país acontecerão.

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