terça-feira, 17 de março de 2015

Professores estaduais decretam greve em SP

Categoria se reuniu na tarde desta sexta-feira (13) na Av. Paulista.
Eles cobram melhorias nos salários e nas condições de trabalho.

Do G1 São Paulo
Ato dos professores no Masp nesta sexta-feira (Foto: Reprodução/TV Globo)Ato dos professores no Masp nesta sexta-feira (Foto: Reprodução/TV Globo)
Professores estaduais decretaram greve durante protesto na tarde desta sexta-feira (13), na Avenida Paulista. Votada em assembleia no vão livre do Masp, no Centro de São Paulo, a paralisação foi aprovada por tempo indeterminado a partir desta sexta (13).
Na próxima sexta (20), a categoria pretende se reunir novamente. Segundo a Apeoesp, Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, cerca de 10 mil educadores participaram do protesto e da votação.
Dentre as reivindicações, eles cobram aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior, rumo ao piso do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística para Estudos Socioeconômicos), com jornada de 20 horas semanais de trabalho.
Procurada pelo G1, a secretaria estadual da Educação diz acreditar que a decisão de um dos sindicatos de professores, a Apeoesp, "não representa os mais de 230 mil professores da rede, que devem comparecer às aulas, de maneira costumeira." E orienta que todos os estudantes da rede estadual compareçam normalmente às escolas na segunda-feira (16).

A secretaria ainda afirma que já orientou as diretorias de ensino a realizar o atendimento dos estudantes e garantir as aulas. E diz que montou, em conjunto com os servidores, um plano de carreira que estabeleceu aumento acumulativo de 45% em quatro anos e alçou o piso salarial paulista a patamar 26% maior do que o nacional.
"Os profissionais da Educação ainda podem conquistar o reajuste salarial anual de 10,5% por meio da valorização pelo mérito. E recebem bônus por resultados obtidos por seus alunos. Se a educação avança, educadores ganham bonificação", diz o a nota.
Também em nota, o governo lamentou a decretação de uma greve na Educação "por um pequeno número de pessoas, nem todas professores, em meio a uma manifestação de cunho partidário e sem que tenha havido qualquer iniciativa de diálogo." Na avaliação da gestão estadual, a paralisação caracteriza o movimento "como essencialmente político-partidário."

Após a votação, os professores seguiram em caminhada pela Rua da Consolação, junto com a CUT e outras entidades, que também se reuniram na Avenida Paulista nesta sexta para protestar em defesa da democracia, dos direitos dos trabalhadores, da Petrobras e pela reforma política. Ao final da manifestação, por volta das 19h, na Praça da República, a categoria fez um ato em defesa da escola pública.

Um comentário:

  1. Como sempre o Governo seja de que esfera for, minimiza, ridiculariza, e desprestigia qualquer movimentação pela pelos professores, o Governo do estado de São Paulo diz que é a minoria dos professores que está insatisfeita e tenta dividir os profissionais da educação ao dizer que nem todos que compareceram ao evento eram "professores", apesar de serem profissionais da educação. Como vemos nada muda, seja na esfera municipal, estadual ou federal, a situação dos professores é triste de se ver!

    ResponderExcluir